O que lhe falta, nobre pescador?


Pescador, o que te falta? Já não tens o suficiente? O que mais queres?
Dei-lhe saúde, disposição, inteligência. Lhe dei uma família! Por que murmuras? Por que se revolta contra mim?
Se eu não pudesse sondar corações, poderia dizer que não sei o que te falta. Mas, como sou Senhor dos senhores, conhecedor de todos os mistérios, entendo eu não o que queres mas sim o que precisas.
Tu precisas, pescador, de humildade. Precisas reconhecer o que tenho feito por ti, e por tua família.
Podes tu me agradecer quando tens o pão por completo, mas não podes me louvar quando tens apenas a metade do mesmo? Por acaso não podeis saborear o pão mesmo ele estando na metade?
Queres riquezas. Queres bonança. Não porque necessitas; mas para poder se envaidecer para outros. Com outros.
Ora, pescador! Eu te quero assim. Tu me agradas assim. Tens o suficiente. Nem mais, nem menos.
Me louve. Me adore. Me busque.
Eu estou aqui.

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